Como me tornei Personal Organizer

Aproveitando o especial Dia do Profissional de Organização (03/10), vim contar um pouquinho, caso você ainda não saiba ou seja novo por aqui, sobre a minha jornada com organização e como me tornei uma Personal Organizer.

Ao contrário do que algumas pessoas possam imaginar, não cresci num ambiente organizado. Na verdade, nasci numa família que não tinha qualquer hábito de organizar as coisas. Além de mim, havia mais 3 irmãos em casa, o que só tornava a família (e a bagunça!) maior.

E, por falar em irmãos, consigo me lembrar perfeitamente de como as coisas funcionavam: meus irmãos e eu dividíamos o quarto e, de praxe, o armário também era compartilhado entre nós. Por ter uma relação muito positiva com a organização desde pequena, a desorganização das minhas irmãs e dos outros me incomodava muito. Geralmente, cada vez que eu precisava de algo, tinha que procurar em dois, três ou quatro lugares diferentes, jogando muito tempo e energia fora sem necessidade.

Por conta de situações assim, aprendi muito nova a importância da organização na vida da gente. Cultivei tanto esse pensamento e aprendizado que ele ultrapassou os muros de casa.

Quando comecei a trabalhar, percebi que organizava tudo à minha volta porque facilitava minhas tarefas e meu dia. Organizava de tudo! Os arquivos do computador, as pastas, minha mesa, as mesas das colegas e, me preocupava até com a passagem das pessoas. Se algo atrapalhava o fluxo, eu organizava.

O gosto pela organização era tanta, que, quando me permitiam, eu causava uma verdadeira revolução “organizística”. Já organizei um ambiente de trabalho inteirinho porque sabia que poderia melhorar a produtividade e convivência do pessoal ali dentro.

Em especial, me lembro de uma sala de reuniões de um lugar que já trabalhei. Ela era tão pequena e apertada que quando tinha alguma reunião no espaço, a pessoa responsável em servir o café tinha que pedir licença a todos que estavam sentados para poder passar e colocar o café numa mesinha que ficava no fundo da sala. De tanto me incomodar com a cena, tomei partido em mudar a mesa de café logo para a entrada, o que facilitou para todos. Essa foi apenas uma das tantas situações que pude botar em prática o que eu gostava de fazer: organizar. E assim foi!

Por 15 anos trabalhei no Terceiro Setor, que me fez aprender a gostar de compartilhar conhecimentos e ajudar o próximo. Apesar disso, como tudo na vida, as coisas mudam. Quando me desliguei do trabalho, fiquei pensativa sobre voltar ao mercado de trabalho, o que eu realmente gostava de fazer e aí me dei conta que era lidar com a casa.

Com o apoio da minha família, marido e filho, decidi me aprofundar no tema e embarcar em novas experiências. Como start, comecei a fazer um curso de design de interiores, já que gostava de assistir programas de decoração, organização e afins. Foi assim por um tempo, até que, durante um curso de decoração, fiquei sabendo da existência da profissão Personal Organizer. Foi meu primeiro contato.

Então, curiosa e interessada, comecei a pesquisar a fundo sobre a profissão que, instantaneamente, me despertou felicidade. Foi aí quando percebi que meu gosto não era apenas decorar casas, mas sim organizá-las.

Apesar de muita gente achar que organizar e arrumar são a mesma coisa, eu sempre tive consciência de que organizar é mais que arrumar as coisas, é dar sentido a elas, é usar a categorização, setorização , soluções inteligentes e boas escolhas para transformar a vida da cliente. Organizar é, por meio de muito planejamento e metodologia, procurar o lugar mais adequado para cada objeto e ter apenas o suficiente para viver bem.

Para me especializar no assunto, fiz vários cursos de Personal Organizer, fui a conferências e feiras voltadas à organização e comecei a trabalhar na área. Em 2015, tive minha primeira cliente e foi ali que me dei conta de que era aquilo que realmente gostava de fazer. Hoje, já somo mais de 5 mil horas de organização em casas de clientes, mas é incrível me lembrar da empolgação de quando comecei.
Foi após um curso na Yru Organizer, que decidi que era hora de dar um passo a frente com meu sonho. Daí nasceu minha empresa, a OrganizandU. O nome OrganizandU surgiu do jeito paulista de falar (podem reparar que tudo que termina com letra O vira um U na boca de um paulista) e além disso, sempre fui fã do jeito de agradecer do Fábio Júnior que falava Obrigadu enfatizando bem o U e por isso sempre mandei beijU e não beijo para minhas amigas. Daí a ideia foi usar um nome que fosse bem próprio do meu jeito de ser e que fosse divertido e moderno. Ademais, O U do organizando pode ser lido como a abreviação do You (do inglês – você).

A OrganizandU é a ferramenta que utilizo para resolver os problemas de organização das pessoas. O atendimento acontece por sessão e junto com o cliente. Acho importante o cliente estar envolvido porque ele acaba aprendendo a manter a organização das suas coisas e começa a cultuar o hábito. Aliás, em todos os meus projetos, costumo trabalhar acerca do essencialismo com cada pessoa. Acredito que não precisamos de exageros para viver bem e a organização mostra todos os dias essa veracidade. Fico muito satisfeita e orgulhosa de meu trabalho, quando o cliente enxerga o que é realmente essencial na vida dele.

Acho tão importante vivermos com o essencial que, meu objetivo é contribuir cada vez mais e, um dia, ter uma Tiny House, ou seja, uma casa pequena com apenas o essencial para ter uma vida saudável. Estou caminhando pra isso! Há pouco tempo troquei uma casa grande de 400 m² por um mais enxuto de 87 m² e assim quero avançar até chegar ao meu objetivo, sempre contribuindo com o essencialismo, não importa aonde eu esteja.

Atualmente

Hoje, atuo em Osasco e região oferecendo serviços de organização presencial e consultoria online. Além disso, tenho um programa periódico na Rede Premium TV de Osasco e sempre estou por lá, levando dicas e assuntos relevantes para ajudar pessoas a melhorarem seus hábitos de organização.

É importante ressaltar que, apesar de ter deixado o Terceiro Setor, continuo colaborando e faço questão! Uma vez por ano faço um trabalho voluntario de organizar uma ONG no Dia de Doar, que este ano acontece em dezembro.
Para finalizar, posso dizer que, por onde passo deixo um pouquinho de mim, sempre colaborando com a organização dos lugares e dando meu toque pessoal para melhorar a rotina da casa das pessoas. Acredito que organizar é minha missão na vida e, por isso, dedico grande parte do meu dia a inspirar pessoas e deixar a vida mais harmoniosa e feliz!

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Um grande beijU da Alê Criballi

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